Friday, December 29, 2006

Leituras essenciais

Ina Von Binzer – Os meus Romanos - Usando o pseudônimo de Ulla von Eck, a autora escreve uma série de cartas para sua amiga na Alemanha, contando-lhe cada detalhe de sua rotina, seu trabalho como professora, os alunos, as escolas, os escravos, as festas, tudo o que possa parecer interessante a uma amiga que apenas sabe do Brasil por relatos de outros escritores viajantes. Ulla não se preocupa em ocultar detalhes talvez banais para a época pois quer mostrar as grandes diferenças de comportamento e ambiente encontradas no Brasil. .
E engana-se quem pensa que, sendo uma moça de apenas 22 anos , ela tenha se omitido das questões sociais, políticas ou econômicas. Ao longo das cartas pode-se ver diversas críticas ao sistema escravista, no qual aponta pontos negativos e positivos, descrições da vida social da elite e também questiona a convicção republicana de muitos.


Helena Morley – Minha vida de Menina - “Escrevo tudo neste caderno que é meu confidente e amigo único.” Assim Helena Morley, pseudônimo da autora Alice Dayrell Brant, à época com apenas 14 anos, filha de pai inglês, descreve sua relação com o diário que redigiu em Diamantina (MG) durante os anos de 1893 até 1895. Uma fonte deleitosa de casos familiares, intrigas domésticas e superstições cotidianas, narrada com a inocência e a espontaneidade da menina que buscava apenas “construir seus castelos” e passar o tempo numa cidade provinciana onde pouco acontecia. .É neste diário que Helena debocha e desmascara as pretensas virtudes alheias. Procurando com sofreguidão não perder uma infantil alegria de viver, e reinventando o mundo à sua maneira, Helena Morley é o diamante mais raro de Diamantina.
“A capacidade de empatia que ela gera em nós por ser tão aberta em admitir suas fraquezas e suas falhas é o que nos faz rir de nós mesmos, porque nos reconhecemos nas suas imperfeições e incoerências”, diz a diretora sobre a decisão de adaptar o diário para o cinema, através do filme “Vida de menina”, estrelado por Ludmila Daher.


Cecília de Assis Brasil – Diário de Pedras Altas - Em 1934, Joaquim Francisco de Assis Brasil escreve a um amigo sobre a trágica morte da filha dileta, Cecília, vitimada por um raio num dia de tempestade em Pedras Altas:
Antes de tudo, deixe-me agradecer-lhe cordialmente, também em nome de Lydia e nossos filhos, sua demonstração de simpatia com nossa indizível dor. Perdemos uma filha que mereceria o título de “predileta”, se não fosse para nós um dogma a igualdade do afeto dispensado a todos os filhos. E de que nós a perdemos! [...]. Nada poderá consolar-nos desta perda. Apenas nos esforçamos por considerar uma felicidade ela haver sido poupada de qualquer sofrimento ou de deficiência física causada por doença, ela que tanto merecia gozar da vida.
Cecília, a filha mais velha do segundo casamento de Assis Brasil, nascida em Washington em 1899, amava os cavalos (seu cavalo morreu junto com ela), a vida no campo, o castelo da família em Pedras Altas, a família, e o pai. .Assis Brasil manteve por muitos anos um diário para o registro do dia-a-dia em Pedras Altas, uma espécie de crônica da vida na propriedade. Cecília herdou do pai esse hábito, e por mais de uma década manteve também diários com a intenção de informar o pai, que devido a sua intensa vida pública constantemente viajava, o que se passava com a família.

Wednesday, December 27, 2006

ESTRANHO PONTO DE VISTA

Ontem, no Beiramar Shopping, aqui em Florianópolis, uma dessas operadoras oferecia telefone celular pré-pago de graça. Sim. É isso mesmo! De graça. Nesta modalidade, resta ao adquirente pagar pelas eventuais ligações que fará.



Aí resolvi na hora lascar um “comício relâmpago” praguejando contra esse desgoverno estatizante que atravanca o país. Não fosse a privatização a telefonia jamais seria universalizada. É com satistação que constato que tem celular a minha faxineira, o porteiro do prédio, o jardineiro e tantos outros trabalhadores que nem sonhavam em poder desfrutar desse benefício da tecnologia, a mostrar que não é a bolsa família que irá melhorar a vida de todas as pessoas, mas a economia de mercado. Nós precisamos de capitalismo. Muito capitalismo, muito! Quando as pessoas entenderem isso – o que acho difícil, já que na verdade são chimpazés – “este país” poderá evoluir.



O Estado que vá se roçar nas ostras. Serve só para sustentar essa cambada de sindicaleiros catinguentos empoleirados em cargos com salários milionários nas estatais, tipo Petrobras, Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, e mais outros penduricalhos hoje completamente aparelhados pelos vorazes petralhas. Nas horas vagas essa malta se dedica a outros afazeres, como a compra de dossiês fajutos contra políticos da oposição, quebra de sigilos bancários, transporte de dólares na cueca e compra de políticos com mensalão.



Mas os chimpanzés, que constituem a maioria da população brasileira, são incapazes de enxergar esta realidade. Com seu celular no bolso gritam em coro: “O Petróleo é Nosso”.



Bando de macacos cretinos. Vão lá lamber os pés do padim Lula.



Quando acordarem desse transe será tarde, muito tarde.



Viva a privataria do FHC. Mais da metade da população brasileira já tem celular. Na verdade, só não tem quem não quer.

Wednesday, December 20, 2006

Thursday, November 23, 2006

DEFININDO... OU DÚVIDAS?

AMOR:
Enfermidade temporária que se cura com o casamento . Palavra de quatro
letras , duas vogais e dois idiotas.

DANÇAR:
É a frustração vertical de um desejo horizontal.

ESCOTEIROS:
40 crianças vestidas de idiotas , comandadas por 1 idiota vestido de
criança.

DOR DE CABEÇA:
Anticonceptivo mais usado pelas mulheres destes tempos.

VIRGEM:
Menina de 9 anos , muito feia , que corre mais que o primo.

EXAME ORAL:
Prova para conseguir um estágio na Casa Branca.

LÍNGUA:
Órgão sexual que os antigos usavam para falar.

CONFIANÇA:
Via livre que se dá a uma pessoa para que cometa uma série de abusos.

DIPLOMACIA:
Arte de dizer "lindo cachorro", até encontrar uma pedra para atirar nele.

FÁCIL:
Diz-se da mulher que tem a moral sexual igual a de um homem.

GINECOLOGISTA:
Especialista que trabalha no lugar onde os outros homens se divertem.

HERÓI:
Indivíduo que , diferente do resto , não pôde sair correndo.

HOMEM:
Ser masculino que durante seus primeiros nove meses de vida quer sair de um
lugar em que tenta entrar pelo resto da vida.

INDIFERENÇA:
Atitude que uma mulher adota perante um homem que não lhe interessa, que é
interpretada pelo homem como se estivesse "se fazendo de difícil".

INTELECTUAL:
Indivíduo capaz de pensar por mais de duas horas em algo que não seja sexo.

NINFOMANÍACA:
Termo com o qual um homem define uma mulher que deseja fazer sexo mais
vezes que ele.

TRABALHO EM EQUIPE:
Possibilidade de colocar a culpa nos outros

O aleijado que levanta

SÃO PAULO - Idalina trabalhava na casa de um médico aqui em São Paulo. Durante anos foi o anjo da guarda da família. Cuidava da limpeza, da cozinha e da roupa. E ajudou a criar os filhos, que, como todos, a adoravam.

Um dia, muito sem jeito e com os olhos cheios de lágrimas, Idalina anunciou que ia embora. O médico, a mulher, os filhos ficaram em pânico:

- O que é que aconteceu, Idalina? Algum problema? Salário pequeno? Vamos conversar. Quem sabe a gente aumenta seu ordenado?

- Não é nada disso não, doutor. É a igreja. Nós somos evangélicos, a nossa igreja transferiu meu marido para o Paraná e eu tenho que ir com ele.

- Seu marido é pastor?

- Não, doutor. O pastor é que vai nos levar com ele.

- Se seu marido não é pastor, pode muito bem ser substituído por outro.

- Não pode não, doutor. O pastor só confia em meu marido.

- O que é que ele faz?

- Ele é o aleijado que levanta.

Saturday, November 18, 2006

NADA COMO UM DIA ATRAS DO OUTRO...

Em 02 de setembro de 2002, uma carreata estava sendo realizada as 9 horas da manhã em Joaçaba. Chovia naquela hora. Contudo nas esquinas viam-se cartazes dos tucanos locais, com a inscrição: Tucano livre, Tucano melhor. Era em apoio a Esperidião Amin, canditato ao governo, mas que não tinha o apoio do comitê estadual dos tucanos. A promiscuidade e o fisiologismo dos tucanos começava a ser posto em ação de forma mais escancarada. Jorginho Mello, passadas as eleições, bandeou-se de forma mais conveniente possível para o lado de LHS, que o “aceitou” em detrimento de quaisquer outras lideranças locais do PMDB. Justo LHS, que elegeu-se na onda vermelha, e vive as turras com o governo federal, convenientemente instigado pelo PSDB. A extremada fisiologia do PMDB foi alem, de qualquer fronteira, nas ultimas eleições, quando conseguiu aceitar até o PFL. Não podemos surpreendermos de mais nada que venha da ex-gloriosa sigla, que era o MDB.
APENAS AQUELA FRUSTRAÇÃO DE VER TRIUNFAR A NULIDADE.

Friday, November 17, 2006

O CONDE DO DESENHO APURADO



Até o período da Segunda Guerra Mundial, a BMW -- sigla para Bayerische Motoren Werke, ou fábrica bávara de motores -- apresentava o 328 como modelo esportivo da casa. Relativamente simples, possuía linhas inspiradoras e obteve algum sucesso de 1936 a 1940.

Mas, mesmo com uma variação mais sofisticada, a Mille Miglia, com carroceria toda em alumínio e estilo bastante aerodinâmico para os padrões da época, a linha 328 não mais se adequava ao período pós-guerra. Já duelando com a eterna rival Mercedes-Benz, a BMW tinha obrigação de apresentar um produto mais rápido e sofisticado, mas ainda confiável, capaz de rivalizar com supercarros de qualquer nacionalidade.
Assim eram apresentados em 1955, no Salão de Frankfurt, o 503 e o 507. Desenhados pelo conde Albrecht Goertz, o primeiro se mostrava apenas mais um belo carro. O roadster 507, entretanto, se materializava na forma não de um sonho, mas de uma envolvente realidade. Longa e baixa, sua carroceria ostentava uma elegância discreta, sem muitos ornamentos. Uma sofisticada escolha.

Estava claro que a BMW apostava mais no cuidado de execução e nos detalhes do que num estilo chamativo. Desenhado por Albrecht Graf Goertz, suas formas sugeriam movimento. O carro dispensava frisos, excesso de cromados e outros enfeites inúteis. A grade dianteira bipartida, bastante modificada em suas dimensões de até então, e os emblemas da marca atestavam a origem nobre do roadster.

Cabe aqui um comentário especial sobre a figura impar do Conde Goertz, que foi discípulo do renomado Raymond Loewy, desenhista de inúmeros ícones do Século XX. Goertz emigrou da Alemanha para o Estados Unidos, tendo inclusive servido ao exercito americano. Muito embora não tenha muitos trabalhos, contrabalança o fato de serem de enorme expressão. É considerada sua a criação do primeiro Datsun Z e do primeiro Nissan Silvia, alem do Toyota 2000. . Goertz deixou-nos em 27.10.2006.

Sunday, November 12, 2006

A SEPARAÇÃO


O diário de uma virgem...

Quinta-feira

Querido diário, hoje eu e meu namorado estávamos no parque.
Começamos a beijar-nos e a nos acariciar, mas, de repente, ele fez-me uma proposta indecente. Então, saí a correr e percebi que minhas pernas são minhas melhores amigas.

Sexta-feira

Querido diário, hoje eu e meu namorado estávamos no cinema.
Começamos a beijar-nos e a nos acariciar, mas, de repente, ele fez-me uma proposta indecente. Então, saí a correr e percebi que minhas pernas são REALMENTE minhas melhores amigas.

Sábado

Querido diário, hoje eu e meu namorado estávamos no seu apartamento.
Ele pôs uma musiquinha, bebemos vinho, dançamos e começamos a beijar-nos e a nos cariciar mas, de repente, ele fez-me uma proposta indecente.

Então, percebi que ATÉ AS MELHORES AMIGAS UM DIA SE SEPARAM.

Thursday, November 09, 2006

A RAZÃO... A FORÇA... O IDILIO!





No início dos tempos o orgasmo era uma coisa muito simples: só os homens é que o tinham, e servia para os avisar de quando é que tinham de parar.
Depois elas desataram a ter orgasmos e a coisa complicou-se de sobremaneira. Aquilo que era uma função básica da reprodução ganhou uma pluralidade de dimensões e, hoje em dia, o orgasmo tem mais funções que um telemóvel de última geração. Senão vejamos:
O orgasmo vende revistas: coloque-se a palavra «ORGASMO» a ocupar 1/3 da capa de uma revista e tem-se uma edição esgotada. O orgasmo é um barómetro de performance para eles e para elas – quantos mais, melhor. O orgasmo faz bem à pele. O orgasmo dá audiência ao Júlio Machado Vaz. O orgasmo desentope o nariz e tem efeitos anti-histamínicos. O orgasmo reduz a tensão e o stress. O orgasmo mais decibélico enfurece qualquer vizinho mais rebarbado. O orgasmo produz expressões faciais caricatas. O orgasmo aumenta a longevidade. O orgasmo tem efeitos inexplicáveis ao nível da auto-estima.
Se alguém duvida da capacidade feminina de complicar o que quer que seja, o orgasmo tira-vos todas as dúvidas. Ou seja, se têm dúvidas, tenham um.

Monday, November 06, 2006

MEU COMERCIAL PREDILETO



Clique em cima, que ele aumenta, lá do tempo do Corcel 73(Raul Seixas)

Friday, October 13, 2006

MUHAMMAD YUNUS MERECEU:

Nobel da Paz foi para o crédito aos pobres.

O economista e professor Muhammad Yunus, de Bangladesh, e seu banco popular, o Grameen, são os vencedores do prêmio Nobel da Paz deste ano. Segundo anúncio feito nesta sexta-feira, em Oslo, pelo presidente do comitê do Nobel, Ole Danbolt Mjoes, Yunus foi o escolhido por causa da importância de seu pioneiro trabalho de oferta de crédito aos pobres - em especial as mulheres.

Yunus é um símbolo da modalidade de microcrédito - com seu banco, ele forneceu recursos para que as pessoas menos favorecidas pudessem criar seus próprios negócios e sair da pobreza em Bangladesh. Conforme o comitê do Nobel, o prêmio foi para ele por causa da importância de seu inovador programa, que "cria desenvolvimento social e econômico a partir das camadas inferiores".

"Yunus e o banco Grameen mostraram que até o mais pobre entre os pobres pode trabalhar e obter seu próprio desenvolvimento", diz o comitê do Nobel em seu comunicado. O Grameen oferece crédito aos moradores da zona rural sem exigir garantias - modelo que inspirou casos similares em várias partes do mundo. O ganhador do prêmio receberá 1,4 milhão de dólares no final do ano.

Maravilhado - De acordo com reportagem da rede BBC, o anúncio do vencedor foi uma grande surpresa, como já havia ocorrido nas últimas versões do Nobel da Paz. O próprio Yunus disse não ter acreditado quando recebeu o telefonema comunicando o resultado - ele contou estar "absolutamente maravilhado". "É uma notícia fantástica para todos que nos apoiaram", afirmou o economista.